quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

NUNCA É O BASTANTE


A mente pergunta: "Qual a finalidade da vida ?" Ora, finalidade é dar primazia e importância ao fim. Nesta ótica, a meta é importante. Separam-se os meios do fim. Usa-se quaisquer meios para chegar a um fim desejado. O fim torna-se a meta. O jovem estuda porque tem de passar no vestibular. Não porque é interessante o estudo. Não pelo momento. O momento é sempre um trampolim para o futuro. Se você sofre agora é porque algo melhor está para vir - ensinam. O momento tem de ser tolerado. O fim imaginado, aquilo que não está aqui, torna-se o objetivo. E este momento é sempre sacrificado por este fim idealizado. A vida real é sempre desvalorizada em prol de algum objetivo distante. Por exemplo: todos buscam a felicidade. Mas onde ensinaram que ela está? No amanhã. Este momento é cheio de tédio, de luta, de sofrimento. Mas amanhã... Existe a esperança. A bendita esperança. Um dia, depois que conquistar o que sempre quis, serás feliz, meu filho. Ora. Que tipo de pensamento é este? Estamos autorizando que o momento seja sempre uma escada para um outro momento que ainda não existe. Uau! Dois momentos irreais: o que vivo agora (porque não sinto, não vejo, não ouço) e o que viverei amanhã (porque não existe agora, só em minha imaginação). A vida está no detalhe. Despertar é sempre para ESTE momento.
Sambodh Naseeb

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